sexta-feira, 30 de março de 2012

Pecuaria Leiteira

Pecuária leiteira tem custos elevados

Novo salário mínimo e valorização do concentrado e de fertilizantes elevam custo da pecuária leiteira
Os custos da pecuária leiteira subiram em janeiro de 2011 em função do reajuste do salário mínimo em 5,9% para R$ 540 nos dois primeiros meses do ano e da valorização do preço do concentrado e de alguns fertilizantes (uréia e supersimples), ambos reajustados em cerca de 5% no mês. No caso dos fertilizantes, o insumo afetou também os custos de manutenção de forrageiras perenes e anuais. As informações constam no boletim Ativos da Pecuária de Leite, publicação elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com o estudo, o Custo Operacional Efetivo (COE) e o Custo Operacional Total (COT) da atividade leiteira aumentaram de 1% a 0,6%, respectivamente, em janeiro na comparação com os gastos de dezembro de 2010, nona alta consecutiva. As variações consideram a média ponderada dos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. A partir de março, quando entra em vigor o salário mínimo de R$ 545, os gastos com mão de obra serão ainda maiores. O novo valor será pago em abril.
No mês de janeiro, o preço médio pago pelo leite teve leve alta de 1,2% (R$ 0,9 centavos por litro) em janeiro de 2011 na comparação com os valores praticados em dezembro de 2010. O valor de R$ 0,7294 por litro é referente à média ponderada praticada nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Em relação a janeiro de 2010, o preço apresentou valorização nominal de 22%. No boletim, a CNA e o CEPEA destacam que desde setembro de 2010, quando as fortes quedas deram espaço à estabilidade ou mesmo a pequenas altas, o valor médio subiu 5,4% em termos nominais, sem descontar a inflação.
Ainda no boletim, as duas entidades informam que o Índice de Captação de Leite calculado pelo Cepea (ICAP-Leite) fechou 2010 com aumento de 3,05% em relação a 2009. São apurados, por amostragem, os volumes médios diários captados nos estados da Bahia, Goiás, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Nos três últimos estados e no Paraná, houve aumento de 4% e 6% na captação de leite no período. Em Goiás, houve diminuição. Em dezembro de 2010, o ICAP-Leite aumentou apenas 0,4% frente ao mês anterior, na média dos seis estados pesquisados.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Custo de Produção

                                            APRESENTAÇÃO


Esta publicação, intitulada
DE CORTE
atuam na bovinocultura de corte. Não foi objetivo dos autores discutir profundamente
os tópicos nele abordados e sim, em caráter bem prático, informar
aos leitores a importância de conhecer e como determinar o custo de
produção do gado de corte em um sistema de produção.

INTRODUÇÃO
Em razão da nova ordem econômica, os negócios agropecuários revestem-
se da mesma complexidade, importância e dinâmica dos demais
setores da economia (indústria, comércio e serviços), exigindo do produtor
rural uma nova visão da administração dos seus negócios. Assim, é notória a
necessidade de abandonar a posição tradicional de sitiante / fazendeiro para
assumir o papel de empresário rural, independente do tamanho de sua propriedade
e do seu sistema de produção de gado de corte.
A necessidade de analisar economicamente a atividade é extremamente
importante, pois, por meio dela, o produtor passa a conhecer com
detalhes e a utilizar, de maneira inteligente e econômica, os fatores de produção
(terra, trabalho e capital). Dessa forma, localiza os pontos de estrangulamento,
para depois concentrar esforços gerenciais e tecnológicos, para
obter sucesso na sua atividade e atingir os seus objetivos de maximização de
lucros ou minimização de custos.
A análise econômica é o processo pelo qual o produtor passa a conhecer
os resultados financeiros obtidos, de cada atividade da empresa rural.
É mediante resultados econômicos que o produtor pode tomar, conscientemente,
suas decisões e encarar o seu sistema de produção de gado de corte
como uma empresa.

Para administrar qualquer empresa, o primeiro passo é conhecer essa
empresa e o mundo em que ela está inserido. Quanto mais conhecimentos da
empresa, do seu funcionamento, e do ambiente em que ela está inserida tiver
o administrador, maiores serão as chances de tomar decisões acertadas.
Para se conhecer bem um sistema de produção de gado de corte, necessário
se faz conhecer, dentre outras coisas, o custo de produção da arroba
produzida por ele.
A determinação do custo de produção da arroba de um sistema de
produção é uma tarefa bastante complexa e demorada, pois envolve um
grande número de cálculos e detalhes e requer muita atenção.
Diante do exposto, esta publicação tem como objetivos:
·
e análise econômica de um sistema de produção de gado de corte;
Apresentar os principais conceitos referentes ao tema custo de produção
·
de carne, visando a uma administração correta e eficiente;
demonstrar, passo a passo, a estimativa do custo de produção da arroba
·
econômica, como instrumentos úteis, que auxiliarão o produtor a
tomar uma decisão correta.
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demonstrar, passo a passo, a estimativa de alguns indicadores de eficiência
 FINALIDADE E IMPORTÂNCIA
Entende-se por custo de produção a soma dos valores de todos os recursos
(insumos) e operações (serviços) utilizados no processo produtivo de
certa atividade (produção de gado de corte, especificamente neste caso).
Para fins de análise econômica, custo de produção é a compensação
que os donos dos fatores de produção (terra, trabalho e capital), utilizados
por uma empresa para produzir determinado bem, devem receber para que
eles continuem fornecendo esses fatores à mesma.
Para que o produtor rural passe a administrar o seu sistema de produção
como uma empresa, necessário se faz que ele tenha conhecimento de
quanto custa, para ele, produzir aquele bem (carne, neste caso específico),
ou seja, ele tem que saber qual o custo de produção.
Apesar dos muitos problemas com relação ao processo de apuração
de dados e da subjetividade na sua estimação, a determinação do custo de
produção é uma prática necessária e indispensável ao bom administrador,
constituindo-se em um valioso instrumento para as decisões do administrador.
Os custos têm a finalidade de verificar se e como os recursos empregados,
em um processo de produção, estão sendo remunerados, possibilitando,
também, verificar como está a rentabilidade da atividade, comparada a
alternativas de emprego do tempo e capital.
CUSTO DE PRODUÇÃO DO GADO, destina-se a produtores de carne, estudantes e técnicos que

Fotos




Algumas Raças para Corte

GIR

Origem
A raça Gir que temos hoje no Brasil corresponde fielmente ao gado Gir encontrado ao sul da península de Catiavar na Índia, de onde procede. É uma raça de dupla aptidão, voltada ao mercado de carnes e produção de leite. Seleções vem sendo feitas, dando resultados ótimos na produção de leite. No passado, muitos criadores deram importância exclusiva a caracteres raciais, de menor importância econômica; depois, evoluíram para a seleção de rebanhos e linhagens com maior capacidade produtiva, tanto para carne como para leite.

Características
As qualidades leiteiras das vacas são bastante pronunciadas, o que beneficia o desenvolvimento do bezerro. Tenta-se a seleção de uma variedade leiteira. Em alguns rebanhos a produção é regular em regime de semi-estabulação. Para isso seria vantajoso formar uma nova raça cruzando o Gir com uma raça leiteira bem adaptada, como, por exemplo, a Holandesa. O bezerro é pequeno, mas muito resistente. Às vezes encontra dificuldade em mamar devido à grossura exagerada das tetas. Quando adulto, atinge cerca de 500kg nas fêmeas e 800kg nos machos. Um grande defeito no Gir, é seu prepúcio muito baixo, que favorece o aparecimento de feridas, podendo inutilizar o reprodutor.



GUZERÁ

Origem
O gado Guzerá já esteve a ponto de desaparecer no Brasil, mas graças a alguns criadores que acreditaram em seu potencial, tomou forças sendo hoje a terceira raça zebuína com maior número de animais no Brasil. O Guzerá é natural da Índia, principalmente ao norte da península de Catiavar. A raça desenvolveu-se em terras humosas e férteis, de clima extremamente quente e úmido. É uma das maiores raças indianas. Caracteriza-se por ser uma raça produtora de carne, mas também se mostra bem adaptado como gado de trabalho e de leite.

Características
Como os demais zebus introduzidos no Brasil, a finalidade do Guzerá foi a produção de carne. Tem a pelagem cinzenta prateada, quase preta com várias tonalidades e peso adulto em torno de 600kg nas fêmeas e 900kg nos machos. Apresentam boa rusticidade, resistência a parasitas, alta capacidade de caminhar longas distâncias em busca de água e de alimentos. Podem ser criados em pastagens relativamente grosseiras.

Gado de Corte

Tomando por base o crescimento da bovinocultura de corte, que vem assumindo forte liderança na
economia nacional e também no mercado mundial de carnes, Mato Grosso do Sul, Estado que possui o
maior rebanho bovino do País com cerca de 24,5 milhões de cabeças, deu o pontapé inicial e produziu o
manual de “ Boas Práticas Agropecuárias – Bovinos de Corte”, um instrumento destinado a orientar o
produtor como produzir para a indústria e para o mercado consumidor, em sistemas produtivos
sustentáveis.
A adoção das Boas Práticas tem como objetivo principal garantir a produção de alimentos seguros e com
atributos de qualidade e que atendam aos interesses dos grandes mercados. O Brasil já avançou muito no
que tange a capacidade de produzir alimentos com segurança alimentar. Constantemente novas
exigências surgem para que esses produtos possam ser comercializados em mercados abrangentes como
o da União Européia e dos Estados Unidos.
Apostando num projeto que está dando certo, e com a expectativa que toda a cadeia produtiva adote essa
iniciativa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Secretaria de Estado da Produção e do
Turismo apóiam o Programa de Boas Práticas Agropecuárias – Bovinos de Corte e o lançamento do novo
manual para os demais Estados do Brasil. A nacionalização dessa ferramenta possibilitará a padronização
da produção brasileira, a garantia da oferta de alimentos seguros e fazendo com que toda cadeia produtiva
seja socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável.